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A semana passada foi marcada pelo início do fechamento parcial do governo dos Estados Unidos, deixando os mercados navegando em um vácuo incomum de informações e aumentando a incerteza entre os investidores. O índice VIX subiu com força, refletindo um aumento da volatilidade.
A ausência de publicações importantes — como as folhas de pagamento não agrícolas (payroll), a taxa de desemprego ou os pedidos de bens duráveis — privou os operadores de referências essenciais para medir o ritmo da maior economia do mundo. Isso fez com que outros indicadores, como o relatório de emprego ADP e os dados de confiança dos setores de serviços e manufatureiro, ganhassem um destaque incomum.
Apesar do cenário incerto, o apetite por risco manteve-se firme. Os principais índices acionários dos EUA encerraram a semana com ganhos, alcançando inclusive novas máximas históricas.
O impulso veio, principalmente, da narrativa em torno da inteligência artificial, após a venda secundária de ações da OpenAI ter avaliado a empresa em cerca de US$ 500 bilhões, impulsionando o setor tecnológico no fechamento da semana.
Outro fator de apoio foi a fraqueza dos números de emprego do ADP, que, embora indiquem deterioração no mercado de trabalho, reforçaram as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) nas reuniões de outubro e dezembro. Atualmente, as probabilidades implícitas de cortes estão em 97% e 87%, respectivamente.
Impacto nos rendimentos, no dólar e nas commodities
Esse cenário se refletiu na curva de rendimentos dos Treasuries, com as taxas caindo em todos os prazos, especialmente nos mais curtos.
Paralelamente, o dólar americano enfraqueceu levemente, beneficiando moedas de alto carry, como o peso colombiano, e commodities como o ouro, que continuou registrando novas máximas históricas.
O petróleo encerrou a semana com queda próxima de 7%, pressionado pelas expectativas de um possível aumento de produção pela OPEP+ em sua próxima reunião.
A preocupação é que a demanda global por petróleo siga contida, de modo que um aumento na oferta possa prolongar as quedas, especialmente se a atividade econômica global continuar desacelerando.
No Chile, o IMACEC de agosto surpreendeu negativamente frente às expectativas do mercado, impactado por fatores pontuais na produção mineral.
Mesmo excluindo a mineração, a atividade mostrou sinais de moderação: o setor de serviços caiu em termos mensais e os demais setores não mineradores registraram apenas avanços marginais.
Apesar da alta do cobre, o peso chileno (CLP) manteve-se estável em torno de $965 por dólar durante a semana.
No México, o peso mexicano (MXN) oscilou acompanhando as expectativas sobre o Fed e o fechamento do governo dos EUA.
Os investidores concentraram-se nos dados de investimento fixo e consumo, enquanto o recuo das taxas americanas deu suporte à força relativa do MXN.
Entretanto, uma alta inesperada nos dados de inflação dos EUA pode representar o principal risco de curto prazo para a moeda.
Os mercados permanecerão atentos a qualquer notícia sobre a resolução do fechamento parcial do governo americano.
Por enquanto, as mensagens vindas dos dois partidos políticos não são encorajadoras.
No plano macroeconômico, as publicações seguirão limitadas, mas os índices de confiança do consumidor podem ganhar destaque ao longo da semana.
O ouro mantém uma forte tendência de alta, após romper a resistência-chave de US$ 3.727 (127,2% de Fibonacci).
O MACD confirma o momentum positivo, com linhas amplamente separadas e histograma crescente.
O preço aproxima-se da zona de US$ 3.880 (141,4% de Fibonacci), próxima resistência relevante.
No curto prazo, pode haver uma fase de consolidação, mas, no médio e longo prazos, a tendência segue altista enquanto permanecer acima de US$ 3.435.
O WTI mostra fraqueza técnica, negociando próximo ao suporte-chave em US$ 60,66 (78,6% de Fibonacci).
O preço tem sido repetidamente rejeitado em níveis mais altos, mantendo uma sequência de topos descendentes.
O MACD permanece em terreno negativo, confirmando pressão baixista.
Se o suporte de US$ 60,66 for rompido, o próximo nível a observar será US$ 55,21.
No curto prazo, o risco de queda segue elevado, embora possa ocorrer um repique técnico se o suporte atual se mantiver.
O USD/MXN apresenta uma estrutura lateral, após romper uma tendência de baixa anterior.
Atualmente, o preço consolida dentro de uma zona importante de suporte entre 18,20 e 18,60.
O MACD mostra um cruzamento altista, indicando possível tentativa de recuperação.
No entanto, enquanto não houver rompimento consistente da resistência superior, o viés segue neutro.
Há risco de novo recuo caso o nível de 18,20 seja rompido.
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