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Ontem, os mercados navegaram entre forças opostas: de um lado, investidores em busca de maior liquidez e, de outro, bancos centrais insistindo que a inflação ainda não converge para a meta. Os indicadores PMI preliminares da S&P Global nos EUA confirmaram que a economia continua crescendo, embora com menor dinamismo nos novos pedidos e, o mais relevante, com custos de insumos ainda elevados, apesar de a capacidade de repasse de preços estar se moderando. Essa combinação reforça a visão de que o Fed seguirá em um ciclo de cortes mais lento e dependente dos dados, em vez de embarcar em uma corrida agressiva para taxas de juros mais baixas.
Nos mercados, o dólar perdeu parte do ímpeto acumulado na semana passada, à medida que os investidores absorveram os comentários de Powell — em linha com o tom da última reunião do Fed — nos quais ele pediu cautela em relação ao ritmo de cortes. A volatilidade nas taxas do Tesouro reforçou essa leitura. O PMI também coincidiu com outros sinais de uma desaceleração moderada da atividade — não um colapso — enquanto as estimativas de desemprego do Fed de Chicago sugeriram que o mercado de trabalho começa a mostrar folgas. Esse quadro é suficiente para pensar em afrouxamento monetário mais adiante, mas não o bastante para dissipar as preocupações inflacionárias.
Na América Latina, o foco esteve na política monetária e nos fluxos de capital. O México se posiciona como o catalisador mais evidente de curto prazo: o mercado espera que o Banxico anuncie nesta quinta-feira um corte de 25 pontos-base, interpretado mais como apoio ao crescimento do que como sinal de complacência frente à inflação. No Chile, o panorama parece um pouco mais estável do que há um mês, mas com nuances: o Relatório de Política Monetária (IPoM) de setembro reiterou que a desinflação avança rumo à meta de 3%, embora em um horizonte mais longo, e com inflação subjacente um pouco mais firme do que o previsto no meio do ano. Isso obriga o Banco Central a manter uma postura cautelosa em relação às taxas. Como resultado, tanto o peso chileno quanto os rendimentos locais continuam mais expostos às oscilações do dólar global e do preço do cobre do que aos próprios dados internos.
O catalisador mais importante da semana será a divulgação da inflação nos EUA, prevista para sexta-feira. Sua leitura determinará se o Fed pode sustentar o discurso de cautela ou se será obrigado a endurecer novamente a narrativa. À medida que o crescimento global desacelera de forma moderada e o Fed opte pelo gradualismo em vez da confrontação, tanto a dinâmica de carry trade quanto o impulso positivo às bolsas em nível global devem se estender pelos próximos meses.
Além disso, mais recentemente, os resultados positivos da Micron Technology e os anúncios da Alibaba associados a um maior investimento em inteligência artificial deram novo fôlego a toda a narrativa vinculada a essa tendência, assim como às empresas do setor tecnológico em nível global. Na América Latina, abre-se espaço para uma tomada de risco seletiva: México em um ciclo de cortes graduais, no qual a reunião desta semana será crucial; Chile, sensível ao cobre e a fluxos externos; e Colômbia posicionada para aproveitar episódios de fraqueza do dólar.
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