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Os mercados globais encerraram a primeira semana de novembro com uma mudança de narrativa, à medida que o entusiasmo em torno da inteligência artificial começa a dar lugar a uma leitura mais cautelosa dos fundamentos. As avaliações permanecem elevadas e a amplitude do mercado segue limitada, o que provocou uma correção nas bolsas norte-americanas e um aumento relevante no índice de volatilidade VIX.
Nos Estados Unidos, o cenário foi marcado pela escassez de dados macroeconômicos devido ao fechamento parcial do governo, o que reduziu a visibilidade sobre a evolução da economia. Nesse contexto, o ISM de serviços surpreendeu ao registrar sua maior expansão em oito meses. Embora o dado tenha sido bem recebido, o aumento no seu componente de preços pagos gerou certa preocupação, evidenciando que as pressões inflacionárias persistem.
Diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed) mantiveram um tom prudente, destacando que a inflação continua sendo um risco relevante, até maior que a fraqueza no mercado de trabalho. A falta de dados durante o fechamento do governo aumenta a incerteza em torno de um possível corte prematuro nas taxas de juros, especialmente enquanto alguns setores demonstram desaceleração, mas sem sinais de enfraquecimento generalizado.
O relatório de emprego privado ADP mostrou um aumento de 42 mil vagas em outubro, ligeiramente acima do esperado, indicando certa resiliência no mercado de trabalho dos EUA, embora o ritmo de crescimento tenha sido moderado. As grandes empresas concentraram a criação de empregos, enquanto as PMEs reduziram pessoal pelo terceiro mês consecutivo, mostrando divergência entre os segmentos.
Por setor, os serviços continuaram liderando a geração de vagas, enquanto a indústria manufatureira manteve-se pressionada pelas tensões comerciais e pelos custos mais altos de financiamento.
Paralelamente, o relatório da Challenger, Gray & Christmas revelou 153.074 demissões em outubro, o pior resultado para o mês desde 2003. No acumulado do ano, os cortes somam 1,1 milhão, um aumento de 65% em relação ao ano anterior, sugerindo que as empresas estão deixando para trás a fase de “labor hoarding” (retenção de funcionários) e iniciando ajustes de pessoal diante da automação, margens menores e incerteza comercial.
A confiança do consumidor, medida pela Universidade de Michigan, caiu abaixo das expectativas, atingindo o nível mais baixo em três anos. Esse dado levou o mercado a precificar uma probabilidade próxima de 70% de corte de juros pelo Fed, contrastando com o tom mais cauteloso adotado pelas autoridades do banco central.
Novembro começou com ajustes, mas não com uma mudança estrutural. O entusiasmo que impulsionou os ativos ligados à inteligência artificial entra agora em uma fase de consolidação, enquanto os investidores reavaliam a sustentabilidade das altas valorizações.
Nesse contexto, os dados macroeconômicos — ainda limitados pelo fechamento do governo — serão cruciais para definir o próximo movimento do Fed. Por enquanto, o mercado mantém uma postura de cautela, avaliando se este é apenas um intervalo temporário dentro do ciclo de alta ou o início de uma rotação em direção a ativos de maior qualidade e fundamentos sólidos.
O Bitcoin continua defendendo o suporte em torno de US$ 99.606, mantendo-se acima da barreira psicológica dos US$ 100.000. No entanto, os indicadores técnicos ainda apontam pressão baixista, sugerindo risco de uma correção adicional no curto prazo.

O peso chileno apresentou comportamento misto ao final da semana, influenciado pela divulgação do IPC de outubro, que veio abaixo das expectativas. O resultado gerou pressão baixista sobre a moeda local, com o câmbio tentando romper a resistência de $945,83.
Os indicadores de momentum apontam um possível corte altista no curto prazo, embora a força do dólar global e a fraqueza do cobre possam limitar uma valorização mais sustentada do CLP.

O Nasdaq enfrentou pressão vendedora durante a semana, rompendo suportes na região dos 25.148,06 pontos. Os indicadores de momentum (MACD) mostram um corte baixista, com próximos níveis de suporte em 24.151,39 pontos.
A perda de apetite por risco e a realização de lucros em ações de tecnologia sugerem uma fase de consolidação, sem sinais claros de reversão estrutural na tendência de médio prazo.


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