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Embora a divulgação de dados macroeconômicos continue sendo afetada pelo fechamento parcial do governo dos Estados Unidos, os mercados tiveram que digerir uma série de acontecimentos geopolíticos que, embora tenham gerado fortes episódios de volatilidade, não conseguiram descarrilar o desempenho positivo das principais bolsas a nível global, que encerraram a semana com ganhos generalizados.
As ameaças dos Estados Unidos de implementar uma tarifa de 100% sobre as importações provenientes da China, juntamente com a resposta do país asiático de endurecer as restrições às exportações de “terras raras” e aplicar tarifas aos navios norte-americanos que atracarem em portos chineses, intensificaram a tensão comercial entre as duas potências.
Isso gerou nervosismo entre os investidores, especialmente em um mercado vulnerável a qualquer notícia negativa, resultado da falta de informações econômicas oficiais e de avaliações ainda elevadas.
No entanto, como tem sido habitual na administração do presidente Trump, as tensões se moderaram rapidamente depois que o mandatário indicou que uma tarifa tão alta quanto a inicialmente anunciada “não seria sustentável” e que permanecia otimista em relação às conversas com a China.
O impasse comercial ocorreu em um contexto no qual a incerteza associada aos bancos regionais dos Estados Unidos voltou a se intensificar, depois que Zions Bancorp e Western Alliance Bancorp relataram irregularidades de crédito vinculadas a uma suposta fraude.
Isso reacendeu os temores sobre a solvência dos devedores. Inclusive, o presidente do JP Morgan, Jamie Dimon, advertiu que “onde se vê uma barata, outras tendem a estar escondidas”, comentário que reduziu o apetite por risco, especialmente no setor financeiro norte-americano.
Apesar desse ambiente incerto, o mercado acabou se apoiando não apenas na moderação das tensões comerciais, mas também nos comentários construtivos de alguns membros do Federal Reserve (Fed), entre eles seu presidente, Jerome Powell.
Embora seu discurso tenha mantido o tom da reunião de setembro, Powell indicou que a instituição poderia estar próxima de encerrar o processo de redução de seu balanço (o conhecido quantitative tightening ou QT).
Isso é relevante, pois sugere que o banco central poderia deixar de retirar liquidez do mercado, adotando uma postura um pouco mais expansiva, ainda que com cautela.
No entanto, Powell reiterou que a inflação ainda se mantém acima da meta de 2% e que parte da pressão vem dos preços de bens importados, cujos efeitos das tarifas ainda não foram totalmente refletidos.
A essas declarações somaram-se as do governador do Fed, Stephen Mirian, que destacou que a intensificação das tensões comerciais aumenta os riscos para o crescimento econômico, o que poderia se traduzir em ajustes na política monetária.
Em conjunto, essas mensagens mais moderadas levaram o mercado a precificar novos cortes de juros nas reuniões de outubro, dezembro e janeiro, antecipando um ciclo de reduções mais agressivo por parte do banco central.
A temporada de resultados corporativos também trouxe otimismo aos investidores. Das 58 empresas que já divulgaram seus resultados até o momento, 84% surpreenderam positivamente nos lucros, com uma magnitude média de surpresa de 5,75%.
Embora as grandes empresas de tecnologia norte-americanas ainda não tenham publicado seus números, as boas notícias vindas da Ásia — especialmente da TSMC, que reportou um crescimento de 39% interanual nos lucros do 3T25 e perspectivas favoráveis de demanda por semicondutores — reforçaram a narrativa da inteligência artificial, um dos principais motores do mercado durante 2025.
Nos próximos dias, os investidores estarão atentos aos resultados de Tesla, Netflix, Coca-Cola e General Motors, além do IPC de setembro nos Estados Unidos, que será divulgado no final da semana.
O Bitcoin teve uma semana negativa, afetado pelo aumento da volatilidade nos mercados financeiros.
A criptomoeda rompeu suportes-chave em torno de US$ 109.000, em um contexto no qual os indicadores de momentum apontam para uma tendência de baixa cada vez mais firme.
Os próximos níveis a serem observados são os US$ 105.714, consistentes com 61,8% da retração de Fibonacci.
Em linha com o aumento da volatilidade global, o iene japonês se valorizou durante boa parte da semana, chegando a romper o suporte de JPY 151,11 antes de voltar a testar o limite superior do canal lateral iniciado em julho.
Os indicadores de momentum estão próximos de sinalizar um cruzamento de baixa, refletindo uma tendência de alta que vem perdendo força.
A prata atingiu máximas em torno de US$ 54.233, para depois corrigir até o final da semana, acompanhando o movimento do ouro na sexta-feira.
Durante a sessão, o preço recuou em torno de US$ 50.667, coincidindo com as mínimas recentes.
Apesar de certa moderação, os indicadores de momentum ainda sugerem força na tendência de alta.
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