O ouro é sempre popular entre os traders, mas brilha ainda mais quando os mercados estão voláteis e incertos. Ele tende a manter seu valor durante momentos de dificuldades econômicas porque é considerado um ativo de refúgio ao qual os investidores podem recorrer para se proteger da tempestade. Mas por quê?
Ao contrário de outros ativos, o ouro não está vinculado ao desempenho de uma empresa específica, governo ou moeda. Em vez disso, ele é valorizado por suas propriedades intrínsecas, como a escassez, durabilidade e natureza não corrosiva. Em tempos de incerteza econômica, os investidores muitas vezes procuram o ouro como reserva de valor, pois é visto como uma proteção contra a inflação e uma forma de preservar riqueza diante da volatilidade do mercado. Como resultado, os preços do ouro tendem a subir quando outras classes de ativos, como ações e títulos, estão em queda. Ele também é adorado pelos traders devido às muitas oportunidades de comprar e vender esse metal precioso versátil.
O ouro tem um passado longo e marcante de bom desempenho quando a inflação está alta. Os últimos cem anos tiveram vários exemplos disso:
Existem vários fatores que podem afetar o desempenho do ouro como commodity quando a inflação está alta. Mas, em geral, o nível geral de incerteza econômica e a volatilidade do mercado podem levar os investidores a buscar ativos seguros como o ouro, o que pode aumentar sua demanda e preço.
Certamente, existem motivos para a reputação duradoura do ouro como proteção contra a inflação. Aqui estão apenas algumas das vantagens de investir ou operar ouro durante períodos de política monetária restritiva:
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O ouro tem sido um ativo de escolha para proteção contra a inflação há séculos, mas está longe de ser a única opção. Outros ativos, como imóveis, títulos, criptomoedas e certas commodities, também podem ser usados para proteger carteiras contra perdas causadas pela inflação.
Vamos analisar dois exemplos para ver como o ouro se compara a outras proteções contra a inflação:
Propriedade
Durante períodos de alta inflação, os valores imobiliários tendem a aumentar, e a renda de aluguel aumenta, proporcionando aos investidores uma fonte estável de renda.
O mercado imobiliário tem vantagens únicas, como benefícios fiscais e diversificação. A propriedade também tem o potencial de gerar renda, enquanto o ouro não tem. No entanto, os preços das propriedades também estão sujeitos a flutuações do mercado e a crises econômicas, como visto durante a crise financeira de 2008, quando os preços dos imóveis despencaram.
Em termos de retorno, o ouro superou o mercado imobiliário nos últimos 100 anos como proteção contra a inflação. De acordo com dados do Conselho Mundial do Ouro, o ouro teve um retorno médio de 7,7% ao ano desde 1971, enquanto o mercado imobiliário dos Estados Unidos teve um retorno médio de 4,1% ao ano no mesmo período.
DICAS
Os Títulos do Tesouro Protegidos contra a Inflação (TIPS) são um tipo de título de dívida emitido pelo Tesouro dos Estados Unidos para proteger os investidores da inflação e estão disponíveis para investidores desde 1997. Os TIPS funcionam ajustando o seu valor principal para acompanhar a inflação. Isso significa que à medida que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumenta, o valor principal dos TIPS também aumenta. À medida que o IPC cai, o valor principal dos TIPS diminui. Dessa forma, os TIPS fornecem proteção contra a inflação.
O desempenho dos TIPS pode ser medido pelo seu rendimento real, que é o rendimento ajustado pela inflação.
Entre 2000 e 2011, os Estados Unidos experimentaram uma taxa média anual de inflação de 2,5%. Durante esse período, os TIPS proporcionaram aos investidores um retorno real médio anual de 5,2%. Por outro lado, o ouro proporcionou um retorno médio anual de 10,2% durante esse período.
No entanto, existem algumas diferenças importantes entre os dois. O ouro é um ativo físico que pode ser mantido e armazenado, enquanto os TIPS são um instrumento financeiro que pode ser comprado e vendido no mercado aberto. O ouro também é mais volátil do que os TIPS, o que significa que pode experimentar maiores oscilações de preço a curto prazo.
Criptomoedas*
Nos últimos 15 anos, as criptomoedas surgiram como uma nova classe de ativos que alguns veem como uma potencial proteção contra a inflação. O Bitcoin, por exemplo, foi criado em 2009 e experimentou significativas flutuações de preço desde então. Em 2017, seu preço disparou de cerca de $1.000 para quase $20.000, apenas para cair para cerca de $3.000 em 2018. Desde então, seu preço subiu novamente, chegando a mais de $60.000 em 2021.
Embora alguns traders e investidores vejam as criptomoedas como uma proteção viável contra a inflação, outros permanecem céticos devido à sua alta volatilidade e falta de regulamentação. As criptomoedas não estão vinculadas a nenhum governo ou banco central, nem são reguladas por eles, o que pode torná-las mais suscetíveis à manipulação do mercado e a flutuações inesperadas de preço. Além disso, muitas criptomoedas ainda precisam obter uma adoção generalizada, o que pode limitar sua utilidade como proteção contra a inflação.
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